In Search for Truth

Mudança é sempre algo bom, rever seus conceitos, perceber o que está errado...mudar.
As vezes deixamos a vida correr solta, sem perceber os estragos que isso pode causar. Abster-se da individualidade é algo terrível. Você não é um grupo, você não é uma família ou um clã, você é você, seus problemas são seus problemas, sua vida é sua.
Saber fazer certas separações é imprescindível. Não importa o quanto a sua vida está boa, se por dentro você não está bem.... assim como muitas vezes, sua vida está ruim mas você está bem.
O problema é que existem pessoas que simplesmente nunca estão bem, e fazem questão de não deixar ninguém em volta estar também, e se você se deixa levar... ...
Acredite convivo com muitas pessoas assim.
Porém eu sempre fui melhor que isso, na verdade ao contrário de muita gente, gosto do meu jeito de ser, e que se dane quem não goste, é assim que funciona. Não importa se alguém me odeia, ou me ame, ou seja indiferente, o que importa e o que eu acho sobre mim! E acredite eu já tinha me esquecido disso. Mas aparentemente estou voltando a ser a velha Paula, segura de si, indestrutível, irrefreável. E como isso é bom!
Enfim segunda é dia de rever grandes amigos, que compartilharam comigo os melhores tempos da minha vida. Acho que foram os melhores amigos que jamais encontrarei de novo, positivistas, de bem com a vida, sempre com uma palavra de coragem e de alegria, sem pré-julgamentos, sem discriminações. Pessoas que me ajudaram a crescer, e montar uma "Paula" da qual sempre me orgulhei, e que havia atualmente deixado de lado. Pessoas que compartilham da mesma essência que eu.
É as pessoas a sua volta podem influenciar muito na sua vida, por isso saiba escolher a quem dar ouvidos.

Me considero uma pessoa forte, para tantos, significa também alguém ralativamente insensível... que seja. Ser forte não quer dizer uma pessoa à prova de tudo, todo mundo tem suas recaídas, mas tento pelo menos manter um balanço psicológico.
As pessoas confundem sensibilidade muitas vezes, com a capacidade de ser magoada.
Isso para mim é diferente. Uma pessoa sensível é alguém capaz de apreciar o mundo de forma mais sutil, capaz de valorizar e comover-se com pequenas coisas, é entender um olhar sem precisar de palavras, é ter a capacidade de sentir emoções.
Agora uma pessoa magoável é alguém inseguro, com baixo amor próprio, que segue sendo afetado por tudo que diz respeito a si. Qualquer frase mal dita, qualquer reação inesperada é motivo de uma crise colossal.
Uma pessoa magoável anda de mãos dadas com o drama. É aquela tempestade num copo d'água, uma verdadeira novela mexicana. A vida se torna difícil e impiedosa para esses seres que tem eles mesmos como inimigos.
Existe cura?
Olha, até que existe... A cura é reconhecer a fraqueza e querer mudar. É aprender a se valorizar e parar de procurar respostas em opiniões alheias. É um resgate de identidade, assumir valores e ideias como seus, em despeito do que os outros vão pensar.
Críticas servem para aprendizado, não para tortura interior.
Resumindo: é só tomar vergonha na cara!
Não gosto de drama, não gosto de nhênhênhê, isso também serve para os meus momentos de nhênhênhê também, que graças a Deus são poucos!
Não gosto de quem se faz de coitadinho o tempo todo e ainda ( sei que foge um pouco do assunto) não gosto de quem vive em função dos outros.
Uma coisa eu adoro! É falar do que eu não gosto.
Todos nós temos a oportunidade de evoluir como indivíduos, persistir nos mesmos erros é burrice.

Então, Michael Jackson morreu e a imprensa resolveu voltar a ser boazinha com ele, glorificá-lo, homenageá-lo; Mas só tem um detalhe... Ele morreu, oi! Deviam ter feito isso quando ele estava vivo, ao invés de ficar perseguindo-o apenas com notícias depreciantes, de como ele era esquisito e acusações de pedofilia.
Enfim eu gostava do Michael e achava toda essa estória de pedofilia e estupro ridícula. For heaven's sake, vê se aquele homem tinha alguma condição física de estuprar alguém e ainda falar que abusou de uma "criança inocente" de 14 anos, sinceramente com 14 anos muitas "crianças" já são pais. Tudo bem que alegam que ele dormia no rancho com as criancinhas e tal, ele mesmo admitiu, mas agora eu pergunto: Que belos pais são esses que deixam os filhos dormirem com um homem desconhecido???? Depois se sentem no direito de meter um processo, esses são os que deviam ser presos. Idependentemente, da fama que uma pessoa tenha, a medida que eu não convivo com ela, pra mim continua sendo alguém estranho e desconhecido.
Mas voltando ao Michael, ele era ma-neiro. Lebro-me de quando criança, ficar assistindo o filme "moonwalker", achava tudo fascinante, as danças, a postura, tudo. Minha mãe também o adorava.
O cara era um gênio ponto. Poderia começar a fazer suposições sobre sua vida pessoal e seu problemas psicológicos, mas a verdade é que seriam apenas especulações mal embasadas. O que eu posso afirmar, é que senti junto com grande parte do mundo a perda de um estrondoso e espetacular artista.
Mais um grande talento que deixa saudades...

Segue o clipe: Black or white

Hoje parecia mais um daqueles dias comuns, mentira, minha vida não é comum, todavia lá estava eu, no mesmo ônibus, à mesma hora, nos mesmos locais itinerantes.
Agora você me diz: Para de enrolar e fala logo, p****!
E eu te respondo: Iae, mal educado haha.
Tá bom vou ser mais objetiva. Entram dois indíviduos (amigos) em um ônibus quase vazio, um deles senta ao meu lado, o outro senta próximo a mim. Pronto, por que as pessoas cismam em sentar perto de mim? com tanto assento vazio, oi!!
Já recuperada da minha falta de sociabilidade, escuto o cara murmurando, parecia, sei lá, que tava sussurrando pra alguém ou rezando, nisso, eu estava tão na ponta do banco quanto podia.
Agora vem a primeira pancada.

- Fulano, você sabia que meu pai morreu e eu contino vendo ele, falo com ele e tudo. - Isso quem disse foi o cara que sentou do meu lado pro amigo dele.

Até então não tinha reparado no amigo dele e naquelas enormes olheiras e cara de maluco. Ele continuou.

- Fulano, eu estava vendo a novela - tudo isso dito em voz alta- aquele Bruno Gagliasso, é verdade Fulano as pessoas pensam que só porque A GENTE tem esse problema A GENTE não pode fazer nada.

Sim eram dois esquizofrênicos!! Essa foi a hora que pensei, troco de banco ou não troco? E admito ter ficado bem apreensiva, mas decidi continuar no banco, quietinha, na minha, sem me mover, respirando o suficiente para me manter viva.
Sim, preconceito, eu tenho e muitos, aposto que você também, a diferença é que eu dou uma chance para meu preconceito ser quebrado e isso me manteve lá, do lado do cara esquizofrenico. Afinal de louco todo mundo tem um pouco.
Chegando na metade da viagem esse cara do meu lado (não cito nomes) disse para o outro:
_ Olha só Fulano, uma igreja evangélica aqui, uma espírita ali, uma católica lá em cima, uma de macumba (haha macumba), tudo uma do lado da outra. Será que as pessoas não percebem Fulano, que o que salva não é religião é Deus?
Momento tapa na cara da Paula. Siceramente não esperava ouvir dele uma coisa tão profunda e tão fundamentada em princípios, não importa se ele ouviu isso de alguém e repetiu, o que importa é que eu ouvi da última pessoa que eu esperava na vida, que não importa a religião que você tenha, não importa a doutrina que você segue, o que importa é o que você é, o que você faz o que você transmite. Não existe e nunca existirá alguém melhor só por causa da religião que segue. E mais importante não existe salvação alienada.
Todos nós vivemos buscando a verdade (no sentido espiritual da coisa), e achar que a sua verdade é melhor que a do outro é arrogância e falta de respeito às diferenças, e agir contra a verdade do outro é insegurança e ignorância. Cada um tem a sua vida e cada um tem o seu tempo.
Pausa para mais uma pérola do meu amiguinho.
- Você ia ver só, acha que pode tirar comigo, queria ver se eu tivesse de farda se você ia dar uma de esperto, seu F**** ** **** - cara aleatório reclamando com o motorista que passou um pouco do ponto.
- Por que as pessoas fazem isso? Cadê o respeito? Farda... pfff... acha que é o Rambo (nessa eu ri haha) Não havia necessidade disso!
Ta aí, meu amiguinho esquizofrênico era o cara! Tapa na cara da Paula dois, e na cara de muita gente. Antes de sair ele ainda me pediu desculpas por alugar meu ouvido e agredeceu a minha atenção. Nessa hora fiquei feliz por não ter mudado de banco como muitas pessoas deviam fazer com ele, e por servir de ouvinte, foi uma lição e tanto.